(texto reproduzido)

“Ouvi dois amigos conversando e um deles se queixava da incompreensão das pessoas, das agressões verbais, dos desentendimentos”.

Isto o revoltava e ele dizia invejar a serenidade e o equilíbrio do interlocutor.

- Qual é o segredo? Ele perguntou.

- Não existe segredo, mas somente amor de Deus e esforços contínuos para aprender, respondeu o outro.

- Aprender o que?

- A aceitar as pessoas, mesmo que ela nos desaponte, quando não aceitam os ideais que escolhemos. Quando nos agridem e nos ferem com palavras e atitudes impensadas.

- Mas é muito difícil aceitar pessoas assim.

- É verdade. É difícil aceitá-las como elas são e não como gostaríamos que elas fossem.

Mas qual é o nosso direito de mudá-las?

- E como você consegue?

- Estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a escutar, mas não apenas com os ouvidos, também com os olhos, com o coração, com a alma, com todos os sentidos.
Muitas vezes as pessoas não falam com palavras, mas com a postura. Fique atento para os que falam com os ombros caídos, os olhos e as mãos irrequietas.
Assim como você pode ler as entrelinhas de um texto, pode ouvir coisas entre as frases de uma conversa corriqueira, banal, que somente o coração pode ouvir.
Não raro, há angústia e desespero disfarçados, insegurança escondida em palavras ásperas, solidão fantasiada na tagarelice.
Aos poucos estou aprendendo a amar, e amando estou aprendendo a perdoar.
Perdoando, apago as mágoas e curo as feridas, sem deixar cicatrizes nos corações magoados e tristes.
Aprendo com Deus o valor de cada vida e procuro entender os rejeitados, os incompreendidos e confesso que nem sempre consigo, mas estou tentando.

Quanto a nós, vamos tentar construir a paz, sem desânimo, com muito amor, muito amor no coração.

Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. 
1 João 4:8

                                                 

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